Angola têm duas estações: As das Chuvas e a do Cacimbo.
A do Cacimbo ou seca e menos quente e vai de Maio a Setembro. A das Chuvas, mais quente, normalmente dura de Setembro a Abril. O regime das chuvas e a variação anual das temperaturas são as duas características climáticas, comuns a todas as regiões. A localização de Angola, na zona intertropical e subtropical do hemisfério sul, a proximidade do mar, a corrente fria de Benguela e as características do relevo são os fatores que determinam e caracterizam duas regiões climatéricas distintas. Região litoral - umidade relativa de média anula superior a 30%, precipitação anual inferior a 60mm, descendo de norte a sul, apresentando 800mm no litoral de Cabinda e no sul (Namibe) precipitações médias de 50mm. A temperatura média é superior a 23ºC. Região interior - subdivide-se em três zonas: zona norte, com elevada queda pluviométrica e temperatura elevadas; zona de altitude que abrange as regiões planálticas do centro caracterizadas por temperaturas médias anuais próximas ao 19ºC, com uma estação seca de temperaturas mínimas acentuadas; e zona sudoeste, semiárida, atendendo à proximidade do deserto do Calaári. Temperaturas baixas na estação seca e elevadas na estação quente. Esta região é sujeita a influencia de grandes massas de ar tropical continental.
Território e clima: uma área bastante fértil, com excepção do deserto do Namibe, que começa a sul na cidade de Benguela ( já com influência climática do deserto) fazendo fronteira com a Namíbia (foz do Cunene) e estende pelo Parque Nacional do Iona e a Reserva do Namibe. O clima existente a sul é árido ou semi-árido, estendendo-se pelas províncias do sul de Namibe, parte sul da Huíla, Cunene, e Cuando Cubango que contêm estepes secas e fraca fertilidade. No interior leste e central, existe uma grande meseta continental com uma altitude em média superior a 400 metros acima do nível do mar e com estepes férteis assistindo-se a uma pluviosidade acima da média nas províncias centrais de Benguela (interior), Bié e Huambo, sendo a sua capital uma das mais altas cidades angolanas, situando-se a 1705 m de altitude. Essa meseta estende-se para o interior norte e norte pelas províncias do Zaire, Uíge, Cuanza Norte, Malange, Bié, Moxico, Lunda Norte e Sul onde existem savanas, matas e selvas tropicais bastante férteis e com grandes riquezas naturais. A estação seca inicia-se em Maio e vai até Outubro e a estação das chuvas ocorre de Novembro a Abril.
Rede Hidrográfica: Angola tem bastantes grandes rios, de norte para sul corre o Cuando paralelamente a este e entrando na Namíbia e Zâmbia temos o Cubango (estes dois rios dão nome à província que delimitam, o Cuando Cubango) e o Cuíto. De leste para oeste, temos a sul o já referido Cunene, a sul de Luanda o Rio Cuanza e a norte desta os rios Bengo (este rio e o Cuanza formam uma extensa rede de mangais) e Dange, nestas bacias de foz (se exceptuarmos a do Cunene) e nas suas margens há uma grande fertilidade. No Nordeste nas Lundas temos uma importante rede hidrográfica composta por uma dúzia de rios que nascem em Angola e vão fertilizar o seu vizinho do norte. De referir que o rio Zambeze um dos maiores de África (a seguir ao Nilo e ao Zaire), e que vai desaguar em Moçambique, nasce no Moxico no centro leste e tem como afluente o Rio Luena. No norte de Angola, temos o Rio Zaire, havendo um conjunto de rios que corre de sul para norte e que ai vai desaguar sendo o mais importante o Cuango. O Zaire marca a fronteira norte com a República Democrática do Congo (antigo Zaire).
Catástrofes naturais: Entre as províncias de Huíla e do Cunene existe o Huíla Plateau que devido à grande precipitação, em certas alturas do ano existem cheias, nomeadamente na zona de Mupa, onde existe um Parque Nacional para proteger a sua zona alagadiça.
Problemas ambientais: Entre muitos outros, temos como principais problemas ambientais, a falta de água potável por deficiente retenção da mesma em reservas que servem as populações e não tanto por falta desta, situação que agora com a Paz, esperemos que mude pois esta situação já criou, em 1987, uma epidemia de cólera em Luanda. A erosão do solo devido à desflorestação provocada pelo corte de madeiras para exportar, nomeadamente nas zonas do norte de Angola e no território de Cabinda, e deficiente gestão florestal, para além do corte as queimadas provocadas pelos agricultores, as pastagens intensivas de gado, o abastecimento de madeira para combustível caseiro de grandes concentrações de refugiados junto ás grandes cidades e o aumento do deserto do Namibe a sul são as outras causas para o aumento da desertificação. Esta situação agravada pela guerra civil e pela pressão populacional em certos pontos onde havia uma riqueza de biodiversidade, fez com que esta diminuísse substancialmente. As pressões populacionais a falta de tratamento dos esgotos e o pouco cuidado na extracção dos recursos naturais como o ouro, os diamantes e petróleo levantam grandes problemas em termos de poluição pluvial. Agora com a paz pensamos que estes problemas poderão ser resolvidos.
Acordos Internacionais Ambientais: Angola assinou e ratificou o Tratado da Biodiversidade, o Tratado para conter as mudanças climáticas, o Tratado para a protecção do Ozono; Tratado do Mar.
sexta-feira, 13 de março de 2009
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